SUBSÍDIOS, EBD, LIÇÃO 3, 3ºTRIM. A SANTÍSSIMA TRINDADE; UM SÓ DEUS EM TRÊS PESSOAS
A doutrina bíblica da trindade foi, e ainda continua sendo, motivo de controvérsias teológicas.
Embora as Sagradas Escrituras a apresentem de maneira clara, nem todos têm a mesma compreensão sobre o assunto.
No decorrer da história da igreja cristã, teólogos, os mais diversos, apresentaram noções a respeito dessa doutrina bíblica.
O Monarquianismo Dinâmico
Esse ensino começou com Teodoto, mas encontrou em Paulo de Samósata, Artemon, Socino e os modernos unitários seguidores que tentaram, e ainda tentam, propagar esse ensino.
O que o Monarquianismo Dinâmico apresenta em seu ensino sobre a trindade?
A unidade de Deus indica singularidade de natureza quanto singularidade de pessoa.
Portanto, o Filho e o Espírito Santo são consubstanciais com a essência divina do Pai, somente como atributos impessoais.
A Dynamis divina veio sobre o homem Jesus, mas ele não era Deus no sentido estrito da Palavra.
A noção de um Deus subsistente é uma impossibilidade, uma vez que a sua perfeita unidade é perfeitamente indivisível.
A “diversidade” de Deus é aparente, e não real, já que o evento de Cristo e a obra do Espírito Santo somente atestam uma operação dinâmica dentro de Deus, e não uma união hipostática.
Para eles, o Pai é o originador do universo. Ele é eterno, auto existente, sem princípio ou fim.
O Filho, porém, embora seja um homem virtuoso, em Cuja vida Deus estava dinamicamente presente de maneira singular, era finito.
Para esta linha de pensamento, Cristo não era divino, mas sua humanidade foi deificada.
Quanto ao Espírito Santo, os monarquianistas dinâmicos afirma que Ele é um atributo impessoal da divindade.
Não atribui nenhuma divindade ou eternidade ao Espírito Santo.
O Monarquianismo Dinâmico eleva a razão acima do testemunho da revelação bíblica no que concerne à trindade.
Segundo essa corrente teológica Cristo não é Deus, o Espírito Santo não é Deus, com isso minam a coluna teológica da doutrina bíblica da salvação.
O Monarquianismo Dinâmico é refutado como heresia.
MONOTEISTAS MODALISTAS OU SABELIANISTAS OU UNICISTAS:
São pessoas que crêem em um ÚNICO Deus, mas, não crêem na trindade como sendo 3 pessoas distintas entre si que definem um único Deus,
Mas, acreditam que o Pai, o Filho e o Espirito Santo, são apenas mutações [mascaras] de Deus,
Ou seja, o Pai, o Filho e o Espírito Santo é uma única pessoa e não três pessoas como no trinitarismo.
Contrariando assim as escrituras que afirma que Deus não muda (Malaquias 3: 6), e nem há nenhuma sombra de variação (Tiago 1: 17).
Contrariando também João 14:26 e João 15:26, onde o próprio Senhor Jesus deixa bem claro que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são 3 pessoas distintas que subsistem em um único Deus,
Esta doutrina é chamada de [unicismo[ ou Sabelianismo Modal ou Modalismo, pois, vem de Sabelio que foi um outro bispo que se rebelou contra a igreja primitiva introduzindo esta moda herética.
Os monarquistas modais
Ensinavam que as três Pessoas da Divindade se manifestavam por vários modos, daí o nome modalista.
Defendido por Noeto de Esmirna e Práxeas de Cartago, ensinavam que o Pai nasceu e sofreu e que Jesus era o Pai.
Por essa razão, no Ocidente, eles eram chamados de patripassianistas O Pai se encarnou em Cristo e sofreu com Ele.
No Oriente eram chamados sabelianistas, pois o heresiarca Sabélio foi quem mais se destacou na propagação dessa heresia.
Segundo essa doutrina, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são apenas três aspectos da Divindade,Sendo, portanto, uma mesma Pessoa.
Essa doutrina do bispo Sabélio é hoje chamada de sabelianismo ou modalismo.
Sabélio usava a palavra "pessoa" para cada Pessoa da Divindade, mas para ele essa "pessoa" tinha o sentido de máscara ou de manifestações diferentes de uma mesma Pessoa Divina.
Na sua concepção o Pai, o Filho e o Espírito Santo são nomes de três estágios ou fases diferentes.
Ele era Pai na criação e na promulgação da lei, Filho na encarnação e Espírito Santo na regeneração.
Essa doutrina foi combatida por Tertuliano , Contra Práxeas, quando pela primeira vez o apologista Tertuliano usa o termo Trinitas ("Trindade") para a Divindade.
O sabelianismo ganhou espaço por mais ou menos cem anos em Roma, Ásia Menor, Síria e Egito.
Em 263, Dionísio de Alexandria enfrentou o próprio Sabélio derrotando o sabelianismo.
Depois disso o Cristianismo passou a repudiar o sabelianismo e o combate a essa heresia continuou até que ela desaparecesse completamente da história.
Depois de muitos anos essa heresia foi trazida de volta, das profundezas do inferno, por Ario,
ARIANISMO
Até a época em que surgiu o Arianismo, as heresias não eram coisa nova na Igreja.
Quando apareciam, anteriormente, os bispos, como guardiães do depósito da fé, as condenavam e preveniam os fiéis;
e os inovadores, ao serem expulsos da Igreja, não conseguiam, após sua condenação, manter sua posição na Igreja ou suas posições heréticas.
Com o Arianismo, porém, deu-se uma transformação a este respeito.
No ano 318 Ário, presbítero da Igreja de Alexandria, começou a propagar suas idéias a respeito da natureza do Verbo.
Segundo elas, o Verbo não seria Deus mas apenas uma criatura.
O bispo de Alexandria, Alexandre, chamou-o à ordem e chegou a reunir um concílio local com cerca de cem bispos do Egito e da Líbia que condenaram os erros de Ário e o excomungaram junto com um grupo de cinco presbíteros, seis diáconos e dois bispos, seus partidários.
Ário, porém, não aceitou a condenação e procurou apoio exterior, na Palestina,
Com o apoio conseguido iniciou uma verdadeira guerra de acaloradas controvérsias.
O Oriente cristão acabou por transformar-se em toda a parte num cenário de conflitos e disputas.
Arianismo é uma doutrina filosófica que surgiu no século IV a.C. e que colocava em choque a Santíssima Trindade,
A doutrina da Santíssima Trindade afirma que o Pai, Deus; o filho, Jesus Cristo; e o Espírito Santo é um só
O arianismo refuta a ideia de que podem ser três em um e um em três porque não há uma explicação de como os Seres se relacionam entre si.
Para Ario, Jesus foi o primeiro ato da criação por Deus, por isso existe algum tipo de prioridade e o poder maior é Dele e não do Filho.
A doutrina também questiona as referências bíblicas que destacam a fragilidade de Jesus quando está sob a forma humana.
Se é um Deus, então porque sentir cansaço, dores e limitações inerentes ao ser humano?
A doutrina foi alvo de intensos debates e, para estabelecer uma corrente única de pensamento, o imperador de Roma, Constantino I (272 - 337), convocou o Primeiro Concílio de Niceia, no ano 325 d.C.
O concílio contou com a presença de 318 bispos na cidade de Niceia, Turquia.
Após intenso debate, a doutrina do arianismo foi considerado uma heresia e a Santíssima Trindade passou ser inquestionável
Há religiões, contudo, que ainda se utilizam do pensamento e aceitam a posição de Jesus Cristo como menos divina que o Pai, Deus.
O mesmo ocorre com a Igreja dos Santos dos Últimos Dias.
Depois de mais ou menos um século de debates em vários conselhos da igreja primitiva,
A Igreja Cristã oficialmente denunciou o Arianismo como uma doutrina falsa.
Desde então, o Arianismo nunca mais foi aceito como uma doutrina viável da fé Cristã.
No entanto, o Arianismo nunca morreu, mas tem continuado pelos séculos de várias formas diferentes.
As Testemunhas de Jeová de hoje defendem uma posição parecida com a dos arianos em relação à natureza de Cristo.
Assim como a igreja primitiva, precisamos renegar tais ataques na divindade do nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo.
UNICISMO
Dentro da unidade do único Deus existem três pessoas distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e estes três compartilham da mesma natureza e atributos;
Então, com efeito, estes três são o único Deus.
Há muitos cristãos evangélicos que consideram o movimento Pentecostal Unicista (também conhecido como “Só Jesus”) como um movimento cristão evangélico.
A realidade é que este movimento está muito longe de ser considerado como cristão; está mais para uma seita.
Uma das definições teológicas de seita é: Qualquer grupo que se desvia das doutrinas fundamentais do cristianismo, como a Trindade, a divindade de Jesus Cristo e a salvação pela graça, através da fé em Jesus Cristo somente.
Os pentecostais unicistas negam a doutrina fundamental do Cristianismo:
a doutrina da Trindade.
A igreja de Cristo precisa estar alerta acerca deste movimento sectário
Precisa demonstrar à luz das Escrituras como os Unicistas estão equivocados sobre a verdadeira natureza de Deus.
Seguimos a orientação de Judas 3, que nos exorta a lutar ardentemente pela fé que uma vez por todas foi dada aos santos.
O ARGUMENTO UNICISTA
A doutrina unicista está baseada no entendimento de duas verdades bíblicas.
Estas bases bíblicas são usadas como fundamentos sobre o ponto de vista que tem de Deus e Jesus Cristo.
A primeira verdade bíblica é que há somente um Deus e que Jesus é Deus.
Destas duas verdades, os Unicistas deduzem que Jesus Cristo é Deus em sua totalidade,
Sendo assim, Jesus tem que ser o Pai, o Filho e o Espírito Santo, rechaçando a doutrina da Trindade.
O ARGUMENTO TRINITÁRIO
A Igreja, através dos séculos, sempre ensinou que dentro da unidade do único Deus existem três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e estás três pessoas compartilham da mesma natureza e atributos; então, com efeito, estas três são o único Deus.
A teologia unicista ensina que Jesus Cristo é o Pai encarnado, e que o Espírito Santo é Jesus Cristo também.
Estes ensinamentos são o pilar da teologia unicista.
É JESUS O PAI?
Versículos que os Unicistas usam para provar que Jesus é o Pai.
Isaías 9:6 – o “Pai Eterno”
Este versículo não ensina que Jesus é o Pai.
O título “Pai eterno”, refere-se ao fato de que Jesus é o Pai da eternidade; em outras palavras, Jesus sempre existiu (João 1:1); Ele não foi criado, não teve princípio (João 17:5).
O termo “Pai” não era o título que se costumava usar para dirigir-se a Deus no Antigo Testamento.
Assim, este versículo não ensina que Jesus é o “Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” (1ª Pedro 1:3); em outras palavras, Jesus não é seu próprio Pai.
João 10:30 – “Eu o Pai somos um”
Se Jesus houvesse querido dizer que ele é o Pai, haveria dito: “Eu e o Pai sou um” ou “Eu sou o Pai”, que seria a expressão gramatical correta.
Jesus não pode ser acusado de ter sido um mal comunicador.
“Somos” (gr. esmen), a primeira pessoa do plural. Jesus e o Pai são um em natureza e em essência, porque Jesus é Deus, como o Pai, mas não é o Pai.
João 14:8, 9 – “Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Jesus respondeu: “Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê ao Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?”
Jesus veio como representante do Pai; veio demonstrar-nos; Jesus NÃO disse a Filipe que era o Pai mas o caminho ao Pai (v.6).
QUE DIZ A BÍBLIA ACERCA DE JESUS E O PAI?
Jesus é referido como “Filho” mais de 200 vezes no Novo Testamento e nunca é chamado de “Pai”.
Jesus referiu-se ao Pai mais de 200 vezes como alguém distinto dele.
Em mais de 50 versículos podemos observar o Pai e a Jesus, o Filho, lado a lado.
No Novo Testamento repetidamente encontramos expressões como estas:
Romanos 15:5-6 — “O Deus que concede perseverança e ânimo lhes dê um espírito de unidade, segundo Cristo Jesus, para que com um só coração e uma só boca vocês glorifiquem ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”.
2ª Coríntios 1:3 — “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação…”
No Evangelho de João, Jesus refere-se a si mesmo como enviado pelo Pai,
1ª João 4:9-10,14 — “Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação por nossos pecados. (…) E vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho para ser o Salvador do mundo”.
É JESUS O ESPÍRITO SANTO?
Versículos que os Unicistas usam para provar que Jesus é o Espírito Santo.
2ª Coríntios 3:17 — “Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade”.
O texto não diz que “Jesus é o Espírito”. Se a passagem dissesse isto, talvez os Unicistas tivessem um ponto forte, mas como não diz isto, eles assumem que a palavra “Senhor” se refere a Jesus Cristo.
O “Espírito” aqui é chamado de Senhor no sentido de identificá-lo com Deus, e NÃO com Jesus,
O contexto sempre é que determina a quem se está referindo quando a palavra “Senhor” é usada.
No versículo 17 a palavra “Senhor” está referindo-se a Deus e não a Jesus, já que o versículo 16 e todo o contexto assim demonstra.
Se os Unicistas estivessem sempre corretos ao interpretar “Senhor” como “Jesus”, como ficaria Filipenses 2:11? O texto diz: “E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai”.
Seguindo a linha de raciocínio dos Unicistas, teríamos de concluir erroneamente que: “E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Jesus…”.
Isto não é o que este versículo está dizendo, mas o que está ensinando é que: “E toda língua confesse que Jesus Cristo é Deus.
Porém, não Deus, o Pai, porque no mesmo versículo diz que isso será feito “para a glória de Deus Pai”.
QUE DIZ A BÍBLIA SOBRE JESUS E O ESPÍRITO SANTO?
Mateus 12:31-32 — O texto fala da blasfêmia contra o Espírito Santo.
A conclusão lógica que é extraída deste texto é que se a blasfêmia contra o Espírito Santo não vai ser perdoada, mas a blasfêmia contra o Filho vai ser perdoada, então o Filho NÃO é o Espírito Santo.
João 14:16 — O Espírito Santo é o “outro Consolador”.
João 15:26 — Jesus enviou o Espírito Santo.
João 16:13 — O Espírito Santo demonstra humildade e busca glorificar a Jesus.
Depois de termos visto que Jesus não é o Pai nem tampouco o Espírito Santo, podemos nos dar conta de que os Unicistas têm um conceito equivocado da verdadeira natureza de Deus.
Se Jesus não é o Pai, mas é Deus, e o Pai não é Jesus e é Deus, e o Espírito Santo não é Jesus e é Deus e a Bíblia diz que somente há um Deus, então isto significa que dentro da unidade do único Deus existem três pessoas distintas:
o Pai, o Filho e o Espírito Santo; e estas três compartilham a mesma natureza e atributos; então, com efeito, estas três são o único Deus.
Uma coisa é dizer “Eu não entende a doutrina da Trindade” e outra coisa é dizer que “a doutrina da Trindade é falsa”, “pagã”, “diabólica”, “antibíblica”.
A Bíblia faz uma advertência muito forte para esta classe de pessoas quando nos diz: “…
Este é o anticristo: aquele que nega o Pai e o Filho. Todo o que nega o Filho também não tem o Pai; quem confessa publicamente o Filho tem também o Pai” (1ª João 2:22b-23).