Seguidores de Cristo

Lição 13

E agora, como viveremos na sociedade de consumo?

Os Perigos do Consumismo e da mentalidade de consumo na Igreja é o que nos desafia ensinar a necessidade do crente desenvolver hábitos de consumo santificado

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Lições bíblicas jovens
4º trimestre 2017
Seguidores de Cristo
Testemunhando numa Sociedade em Ruínas
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EBD 4º Trimestre Lição 13 Para Jovens E agora como viveremos na sociedade de consumo?

"Então disse o Senhor a Moisés: Eis que vos farei chover pão do céu; e sairá o povo e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu prove se anda em minha lei ou não (...) Isto é o que o Senhor ordenou: Colhei dele cada um conforme o que puder comer, um gômer para cada cabeça, segundo o número de pessoas; cada um tomará para os que se acharem na sua tenda" (Ex 16: 4 e 16).

Vivemos a era do instantâneo, do digital, do Marketing sedutor, da globalização, da Tecnologia (novo nome da antiga Ciência) e do descartável. As coisas são feitas para durar pouco, até para que possamos ter a oportunidade de trocá-las quando nos cansarmos delas. Ou seja, ao nosso bel-prazer.

Propagandas criativas pipocam diante de nossos olhos, sejam na Tv, Outdoors, revistas, jornais e até em muros. Tudo isso para que nós pensemos 24 h sobre o produto e cheguemos à conclusão de que não podemos viver sem eles.

Há algumas declarações da Palavra de Deus que fazemos questão de cumprir: "Os céus são os céus do Senhor, mas a terra deu-a ele aos filhos dos homens" (Sl 115: 16). Se o próprio Deus deu toda a terra para mim, porque não usufruir ao máximo dela?

Outras declarações já não nos parecem tão interessantes, como: "Mas buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas" (Mt 6: 33).

Deus nunca foi contra os seus filhos possuírem boas coisas. Sua Palavra está cheia de promessas nesse sentido. Jesus Cristo disse: "Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem" (Mt 7: 11) . É de Sua vontade que todos os seus filhos sejam prósperos, mas não cobiçosos!

Muitos confundem os conceitos de consumo e consumismo, pelo fato de uma palavra derivar da outra. Mas ambas não possuem o mesmo significado. Consumo é quando faço uso daquilo que é necessário para a minha sobrevivência, sem faltar, nem sobrar. Consumismo é quando adquiro além do que é necessário para a minha vida, muitas vezes de maneira desenfreada e por impulso; em geral o produto é logo descartado quando satisfeito o desejo inicial da posse.

Quando Deus enviou o Maná no deserto, Ele deixou regras para que fossem cumpridas pelos filhos de Israel. Não se poderia colher o pão de qualquer maneira e na quantidade que quisessem. Deveriam ser colhidos o necessário para cada dia e pelo número de moradores de cada tenda. Nem mais, nem menos.

"E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui" (Lc 12: 15).

Os homens estão medindo uns aos outros pelo que tem, não pelo que são. Ao invés da frase "penso, logo existo", é "tenho, logo existo". Há uma inversão de valores em nossa sociedade; mas, muitas das vezes, tem chegado esse pensamento às nossas igrejas, onde podemos perceber "Mauricinhos" e "Patricinhas" desfilando a última tendência da moda, adquirida numa loja de grife ou portando um novo celular de última geração. Confunde-se consumismo com prosperidade.

A concupiscência dos olhos (desejo desenfreado) tem sido a causa do consumismo que cresce a cada dia. O mundo oferece tantas coisas aprazíveis e interessantes, que fica difícil resistir ao impulso da compra.

"Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre" (1 Jo 2: 16 e 17).

É necessário submeter-se ao domínio do Espírito Santo para não ser dominado pelo espírito do consumismo, que, infelizmente, tem seduzido muitos filhos de Deus, levando-os ao acúmulo de dívidas. Alguns acabam até culpando a Deus, acusando-O de não cumprir Suas promessas em suas vidas, já que são dizimistas e ofertantes.

Não há planejamento que resista a compras desnecessárias, por impulso; apenas porque estavam em liquidação. Ou nos tornamos consumidores conscientes e responsáveis, ou iremos a "bancarrota".

Os filhos de Deus precisam "andar pelo Espírito, e não haverão de cumprir a cobiça da carne" (Gl 5:16). Também se faz necessário buscar todo o Fruto do Espírito, incluindo o domínio Próprio (Gl 5: 23).

Uma das qualificações mais necessárias aos filhos de Deus nesses últimos tempos é a sabedoria. Busca-se com afinco o conhecimento humano, o que é louvável, mas este não é suficiente para enfrentarmos as lutas cotidianas, tanto no campo natural, quanto no espiritual. Assim diz Ec 8: 5:

Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o modo".

Em Tiago 1: 5, lemos: "E, se alguém tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente". Se não fosse necessária não constaria na Bíblia. Tudo de que precisamos está contido Nela.

Quem tem sabedoria é diligente; faz as coisas de maneira bem ordenada, planejada. Assim, obtém sucesso em seus projetos, lucra, prospera, tem para repartir. Sua vida torna-se um bom testemunho para o Reino de Deus, e Ele o exalta: "Viste um homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não será posto perante os de baixa sorte" (Pv 22: 29).

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