Adoração,Santidade e serviço

Lição 9

Jesus, o Holocausto Perfeito

Neste estudo analisamos a antiga e a nova aliança. Comparamos os ritos do sacerdócio Levítico com a excelente e exclusiva obra sacerdotal do nosso Senhor Jesus.

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Jesus o Sacrifício Perfeito

Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus, aguardando, daí em diante, até que seus inimigos sejam postos por estrado dos seus pés. (Hb 10:12-13)

O texto de hoje, que está baseada no capítulo 9 e parte do capitulo 10 da Epístola aos Hebreus. Vamos discorrer sobre a antiga e a nova aliança; porém, enfatizando os ritos, diários e anuais, do sacerdócio levítico, em comparação com a exclusiva e excelente obra expiatória de Cristo. A proposta é que, ao final deste estudo, estejamos mais convictos da suficiência da obra de Jesus Cristo em nosso favor.

Durante séculos e séculos, o judaísmo sobreviveu sob um mesmo sistema: dia após dia, sacerdotes se revezavam no serviço do templo, oferecendo sacrifícios de animais em prol de si mesmos e de toda a nação. Este é o “pano de fundo” do nascimento do cristianismo. A igreja nasce nesse contexto. Os primeiros cristãos judeus, por muitas vezes, assistiram e confiaram nesses sacrifícios para receberem perdão e purificação de seus pecados. No entanto, eles precisavam saber que esse sistema era imperfeito e transitório, que o salvador deles – Jesus Cristo – havia realizado um único e perfeito sacrifício, suficiente para lhes abrir um novo e vivo caminho até a presença do Pai.

O capítulo 9 da carta é introduzido com uma descrição objetiva acerca de dois componentes da primeira aliança: o tabernáculo e o serviço sacerdotal (vv.1-10). O autor da carta faz menção aos mesmos e, em seguida, passa a discorrer sobre esse tabernáculo, que, certamente, não era desconhecido de seus leitores, como nos dá a entender o próprio texto: Dessas coisas, todavia, não falaremos, agora, pormenorizadamente (v. 5). O escritor refere-se ao tabernáculo original, cujo modelo foi revelado a Moisés, no monte, e no qual foram baseados os templos construídos depois. [1]

O autor menciona as repartições do tabernáculo e seus utensílios (cf. Hb 9:2-5). A parte da frente, chamada de Lugar Santo, era o lugar onde os sacerdotes ministravam diariamente. Era uma sala de cinco metros de largura, cinco de altura e dez de cumprimento. Ali se encontravam o candelabro de ouro com sete hastes, o qual iluminava o ambiente. Uma mesa com doze pães. Estes eram trocados pelos sacerdotes, todos os sábados, e só poderiam ser consumidos pelos mesmos (Ex 25:23-30; Lv 24: 5-9). O altar do incenso ficava junto ao véu que separava o Lugar Santo do Santíssimo Lugar. Neste, encontrava-se a Arca da aliança, uma caixa de madeira revestida de ouro com objetos sagrados dentro.

Após descrever a mobília e as repartições do tabernáculo, o escritor de Hebreus comenta sobre os serviços sacerdotais que eram realizados, diariamente, no Lugar Santo, pelos sacerdotes, e, uma vez por ano, no Santíssimo Lugar, realizado pelo sumo sacerdote (Hb 9:6-7; cf. Nm 18: 2-6; Lv 16: 2-34). O autor da carta conclui que, embora todas essas coisas tivessem origem divina, eram apenas “parábolas” para a era cristã e eram ineficazes e sujeitas a reforma (Hb 9:8-10). Essas ordenanças “serviam, na era anterior à cruz, como símbolos ou exemplos típicos do futuro ministério glorioso de Cristo e das realidades espirituais que ele realizaria”. [2]

Esses sacrifícios purificavam cerimonialmente o pecador, mas não lhe satisfaziam os anseios da alma nem o aperfeiçoavam. O sangue dos animais dos sacrifícios, feitos dia após dia, pelos sacerdotes, cobria o pecado, “mas não o lavava, nem podia mudar o coração e a mente dos adoradores”. [3] Eram temporários e lidavam somente com a pessoa exterior. Esses atos temporários esperavam o tempo de uma reforma (Hb 9:10). Tal reforma diz respeito à nova aliança no sacrifício de Cristo. Seu sacrifício seria definitivo. Abriria acesso direto a Deus para todo o crente. Por causa deste sacrifício, as pessoas seriam mudadas exterior e, principalmente, interiormente.

Apesar de conhecerem a mensagem da cruz, alguns dos leitores originais estavam retornando a algumas leis cerimoniais, o que justificaria o contraste apresentado pelo autor entre o ineficiente e transitório sistema da primeira aliança e a perfeita obra de Cristo que deu início a uma nova aliança. O autor contrasta cada elemento do primeiro concerto com a superioridade da ação e da pessoa de Cristo. Seu serviço divino como sacerdote é diferente do serviço levítico, tanto no que diz respeito ao lugar quanto no que diz respeito ao sangue sacrificial usado (Hb 9:11-15). [4]

Embora o povo adorasse, por cerca de, aproximadamente, mil e quinhentos anos, sob a antiga aliança, Deus, na plenitude dos tempos, estava, em Cristo, possibilitando um novo concerto. Cristo veio ao mundo como sumo sacerdote, a fim de levar os homens a Deus. Seu ministério ocorre num maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos humanas, isto é, não desta criação (Hb 9:11), como o tabernáculo feito por Moisés (Ex 35: 30-35). E mais: o “ministério de Cristo por nós era na presença de Deus, um lugar onde o sangue de bodes e bezerros não teria efeito”. [5]

Quanto ao sangue sacrificial usado por Cristo, não se trata de sangue de bodes ou de touros, mas de seu próprio sangue. Cristo é, ao mesmo tempo, o sumo sacerdote e o sacrifício. O sumo sacerdote levava o sangue de um animal para o Santo dos Santos, mas Jesus Cristo apresentou a si mesmo na presença de Deus como sacrifício completo e definitivo pelos pecados. [6] O autor de Hebreus faz um apelo aos seus leitores para que percebessem que, no sangue de Cristo, há uma eficácia muito maior do que a que havia nos sacrifícios levíticos, em que muitos tinham confiado [7] (Hb 9:13-14).

Jesus Cristo é o mediador de uma nova e perfeita aliança (Hb 9:15). Neste trecho do texto o escritor passa a falar sobre a autenticidade de um testamento e compara os dois testamentos (Hb 9:16-21). Segundo ele, o novo testamento só passa a valer a partir da morte do testador; ou seja: a partir do momento da morte de Jesus Cristo, um novo testamento entrou em vigor. O sangue de Cristo foi derramado de uma vez por todas para perdão de pecados e salvação dos homens (Hb 9:22-28). Se o sacrifício de Cristo tivesse seguido o padrão do antigo concerto, o Senhor teria de padecer muitas vezes. Contudo, seu sacrifício deu início a um novo concerto; foi perfeito e superior. [8]

No capítulo 10, algumas ideias principais dos capítulos anteriores são enfatizadas e ratificadas. O autor confirma: A Lei traz apenas uma sombra dos benefícios que hão de vir (...). Por isso ela nunca consegue, mediante os mesmos sacrifícios repetidos ano após ano, aperfeiçoar os que se aproximam para adorar (Hb 10:1). A palavra “Lei” é uma referência a tudo aquilo que já foi mencionado anteriormente, e, segundo o escritor de Hebreus, é apenas uma “sombra” dos benefícios que estão por vir, não a realidade destes. Uma sombra é uma revelação incompleta de seu objeto. [9] Obviamente, pelo contexto, o autor de Hebreus está tratando das leis cerimoniais, não da lei dos dez mandamentos, visto que esta permanece em vigor.

 O sistema sacrificial era uma “sombra” da obra que Cristo realizaria na cruz, e, por isso, era inferior e incapaz de remover o pecado do adorador: Pois é impossível que o sangue de touros e bodes tire pecados (Hb 10:4). A repetição dos sacrifícios diários e o Dia da Expiação, ano após ano, revelavam a deficiência do sistema como um todo. [10] Os sacrifícios de animais eram um meio temporário de lidar com o pecado; não aperfeiçoavam o adorador, mas apenas o purificavam cerimonial e temporariamente. Podiam cobrir os pecados e adiar o julgamento, mas não traziam redenção definitiva. Aliás, essa nunca foi a intenção de Deus; esses sacrifícios eram temporários e apontavam para o futuro, para a vinda do Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Os animais nunca representaram o desejo final de Deus. Por isso mesmo, quando os israelitas começaram a sacrificar como mero ritual, enquanto viviam como bem desejavam, Deus não se agradou de seus sacrifícios. Rios de sangue de animais não podiam agradar a Deus. Ele não é ritualista. [11] Os animais tão somente apontavam para Cristo. Assim, quando Cristo veio ao mundo, disse: Sacrifício e oferta não quiseste, mas um corpo me preparaste; de holocaustos e ofertas pelo pecado não te agradaste (Hb 10:5-6). O que trouxe deleite a Deus, que já estava farto de sacrifícios vazios e superficiais, foi a disposição do Messias em fazer a sua vontade: Então eu disse: Aqui estou, no livro está escrito a meu respeito; vim para fazer a tua vontade, ó Deus (Hb 10: 7). Deus preparou um corpo humano para Cristo, que veio ser sacrificado pelo pecado.

O que fica evidente no texto é: a imperfeição da primeira aliança trouxe a necessidade e a urgência em se estabelecer a segunda através de Cristo (Hb 10:10-11). Este, no ofício de sacerdote, acabando de oferecer, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à direita de Deus. Daí em diante, ele está esperando até que os seus inimigos sejam colocados como estrado dos seus pés (Hb 10:12-13). O sistema de sacrifícios não podia remover completamente o pecado; o sacrifício de Cristo fez isso. Cristo agora está assentado à destra de Deus. E por que ele pôde se assentar ali? Porque “o seu sacrifício foi completamente suficiente para se encarregar da questão do pecado”, [12] que está mais do que expiado; está destruído!

Por meio de um único sacrifício, Cristo fez aquilo que uma infinidade de sacrifícios de animais jamais conseguiu fazer: ... ele aperfeiçoou para sempre os que estão sendo santificados (Hb 10:14). A obra de Cristo proporcionou aos homens todas as condições de se santificarem ao Deus santo (1 Ts 5: 23-24). As leis de Deus seriam colocadas no coração deles e escritas em suas mentes. Seus pecados seriam perdoados de uma vez por todas (Hb 10:16-18). Agora, com os pecados perdoados, “os cristãos agora podem entrar na real presença de Deus. A culpa que permanecia sob o antigo concerto agora foi permanentemente removida”. [13] Graças a Deus!

APLICANDO A PALAVRA DE DEUS EM NOSSA VIDA

Temos acesso a Deus por meio do sacrifício de Jesus Cristo - O escritor de Hebreus foi enfático ao afirmar: Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança (Hb. 9: 15). Na antiga aliança, os sacerdotes e o sumo sacerdote, da ordem levítica, eram os “mediadores” entre Deus e a nação de Israel. Com a morte de Cristo na cruz do Calvário, tudo isso mudou: surgiu um novo, exclusivo e eterno Sumo Sacerdote. Paulo, em sua epístola a Timóteo, disse: Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos (1 Tm 2: 5-6). Somente Jesus Cristo pode nos levar à presença do Pai.

 Temos o perdão de Deus por meio do sacrifício de Jesus Cristo - Jesus foi, ao mesmo tempo, o sumo Sacerdote e o sacrifício. Na antiga aliança, o sumo sacerdote entrava uma vez ao ano no Santo dos Santos e aspergia sangue de animais sobre o Propiciatório, a fim de purificar a si mesmo e ao povo. Todavia, esse rito apenas purificava cerimonialmente, mas não removia o pecado de uma vez por todas. Na nova aliança, o sangue derramado não foi sangue de bodes ou de touros, mas do próprio Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado mundo (Jo 1:29). Jesus Cristo é a solução para o maior problema da humanidade: o pecado. Se você o recebe como Senhor, tem seus pecados perdoados. Viva sem culpa, como uma pessoa liberta e perdoada por Deus.

Neste estudo analisamos a antiga e a nova aliança. Comparamos os ritos do sacerdócio levítico com a excelente e exclusiva obra sacerdotal do nosso Senhor Jesus. Pudemos compreender que fazemos parte de uma nova e perfeita aliança feita no sangue de Cristo. E também que Jesus Cristo é o único Mediador entre o Deus Santo e nós, pecadores redimidos, e que Cristo nos oferece perdão pleno, através de seu sacrifício perfeito. Que, a partir dessas verdades bíblicas, possamos confiar, ainda mais, na obra de Jesus Cristo em nosso favor.

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