O Milagre de Jesus na Festa das Bodas em Caná
A palavra boda tem sua origem no latim “vota” e significa “promessa”. É uma celebração de casamento. No plural, a palavra bodas, faz referência aos votos matrimoniais, feitos no dia do casamento.
Caná da Galileia é assim chamada para distingui-la de outra cidade também chamada de Caná, na Coele-Síria. Caná da Galileia é o cenário do primeiro milagre de Jesus e é também o lugar onde ele curou o filho do nobre, que estava doente, em Cafarnaum (João 4.46-50), e também o local onde habitava Natanael (João 2.12).
Como Jesus é um Deus de aliança e ama a família, não é a toa que Ele realiza seu primeiro milagre em um casamento, na constituição da família.
No terceiro dia houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava ali; Jesus e seus discípulos também haviam sido convidados para o casamento. (João 2.1,2)
Na ocasião das bodas de Caná, Jesus não era conhecido publicamente como Messias ainda. As pessoas o conheciam por uma função bem mais humilde: Jesus de Nazaré o carpinteiro.
Nada de multidões e alvoroço. Apenas almoço aos domingos com a família. Orações no Templo e na sinagoga, festas de casamento, e só. Jesus era uma pessoa comum. Até aquele dia.
Dias antes Jesus havia sido batizado por João Batista. Logo após encontrou Felipe e Natanael, João, Pedro e André.
O convite provavelmente chegou a ele por intermédio de Maria. Veja que o texto diz que “Maria estava ali, e que Jesus e seus discípulos também foram convidados”. Isso nos leva a pensar que o convite foi primeiramente dirigido a ela.
As festas de casamentos dos dias de Jesus duravam de 3 a 7 dias. É provável que Maria, Jesus e seus discípulos tivessem chegado no final das bodas de Caná, visto que o bom vinho já havia sido servido. Nessa caravana cehgaram, chegaram no mínimo sete pessoas: Jesus, Maria, Pedro, João, André, Filipe e Natanael.
É muito provável que tenha sido esse o motivo que levou a mãe do Messias, a falar com Ele. O vinho acabou nas bodas justamente após a chegada deles.
Tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. Respondeu Jesus: “Que temos nós em comum, mulher? A minha hora ainda não chegou”. (João 2:3,4)
O vinho nos dias do ministério de Jesus representava a alegria. Dessa forma, acabando o vinho, acabaria a alegria. Então, educadamente Maria diz a Jesus: “Eles não têm mais vinho”.
A resposta do Filho de Deus nos nossos dias parece ser um pouco rude. Mas não! O termo “mulher” era uma forma respeitosa de chamar sua mãe.
Perceba que em outras ocasiões Jesus também se utiliza dele:
“Ó mulher grande é atua fé (Mateus 15.28);
“Mulher, estás livre da tua enfermidade (Lucas 13.12);
“Mulher, crê-me que a hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai (João 4.21).
As palavras de Jesus não fizeram sua mãe desistir. Ela o conhecia melhor do que qualquer pessoa, sabia que seu generoso coração não ficaria indiferente. Sabia que apesar de não ser o momento, ele não ficaria indiferente para com ela. Jesus a amava.
Tendo tudo isso em mente ela diz aos serventes das bodas de Caná que fiquem à disposição de Jesus para o que ele precisar.
Ou seja, ao chamar Maria de “mulher” nas bodas de Caná, Jesus não estava sendo indelicado. No entanto, as palavras seguintes são as que começam a causar polêmica teológica nos dias de hoje.
“Que temos nós em comum, mulher? A minha hora ainda não chegou”. Ele dá a entender que não se importa muito com o problema apresentado por Maria, visto que não é o momento de revelar seu poder.
Sua mãe disse aos serviçais: “Façam tudo o que ele lhes mandar”. (João 2.5)
Também conhecidas como “talhas”, esses potes de pedra eram uma espécie de tanque de água que comportavam de 80 a 120 litros de água. Era nessas talhas que os judeus faziam seus rituais de purificação.
Jesus ordena aos serviçais das bodas de Caná que encham os recipientes com água. O que eles obedientemente fazem. A Bíblia não diz se eles questionaram ou não, mas encheram, apesar de parecer uma ordem estranha, a princípio.
Que sejamos assim. Que haja em nós disposição para obedecer ao Senhor mesmo quando sua direção é inusitada. Quando as talhas das bodas de Caná já estavam cheias, até o topo, Jesus ordenou que fosse servido.
Ali perto havia seis potes de pedra, do tipo usado pelos judeus para as purificações cerimoniais; em cada pote cabia entre oitenta a cento e vinte litros. Disse Jesus aos serviçais: “Encham os potes com água”. E os encheram até à borda. Então lhes disse: “Agora, levem um pouco do vinho ao encarregado da festa”. Eles assim o fizeram. (João 2:6-8)
Nas festas de casamento é muito comum que haja um cerimonialista. São as pessoas que cuidam da organização e do decorrer da festa.
Nas bodas de Caná da Galileia não foi diferente. Quando a nova remessa de vinho chegou e o cerimonialista provou, ele percebeu que o último vinho era melhor que o primeiro.
E o encarregado da festa provou a água que fora transformada em vinho, sem saber de onde este viera, embora o soubessem os serviçais que haviam tirado a água. Então chamou o noivo e disse: “Todos servem primeiro o melhor vinho e, depois que os convidados já beberam bastante, o vinho inferior é servido; mas você guardou o melhor até agora”. (João 2:9,10)
E se admirou, porque “todos servem primeiro o melhor vinho e, depois que os convidados já beberam bastante, o vinho inferior é servido; mas você guardou o melhor até agora”.
O primeiro milagre de Jesus – transformar água em vinho – revela muito do seu caráter. Podemos esperar que aquilo é feito por Ele, é sempre excelente. É sempre o melhor.
Veja o que dize Gênesis: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom…” (Gênesis 1.31). Foi nas Bodas de Caná da Galileia que Jesus Cristo começou a operar seus milagres. O seu primeiro milagre promoveu a continuidade da alegria em uma festa de casamento, na celebração da família como Deus a criou: homem e mulher.
Como Deus ama a família!
Ele está sempre pronto a trazer alegria aos nossos lares, casas, famílias, filhos. Aquilo que é feito por Jesus em nossas casas é com certeza, sempre, o melhor!
A presença de Jesus em nossos lares, famílias, negócios, enfim, em nossa vida nos traz segurança. Ao estar presente nas bodas de Caná da Galileia, ele conferiu sua aprovação ao casamento entre um homem e a mulher e mostrou o quanto ama a família conforme Deus instituiu.
“Mas no princípio da criação Deus ‘os fez homem e mulher’. ‘Por esta razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne’. Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne.” (Marcos 10:6-8)
Este sinal miraculoso, em Caná da Galileia, foi o primeiro que Jesus realizou. Revelou assim a sua glória, e os seus discípulos creram nele.” (João 2:1-11)