A MORDOMIA CRISTÃ
A palavra “mordomia” adquiriu um sentido popular pejorativo, significando um modo de vida fácil e sem responsabilidades. Mas este não é o sentido bíblico do termo. A mordomia bíblica é o trabalho do mordomo, uma posição de honra e grande responsabilidade. Nos tempos bíblicos, nas casas das famílias ricas, havia a figura do mordomo, como eram os casos de Eliezer (Gn 15.2) e José do Egito (Gn 39.4).
O mordomo é um servo. Ele não é dono de nada, mas administra os bens do seu senhor. Assim também, Deus é dono de tudo o que imaginamos possuir. Ele nos concede o privilégio de sermos administradores. É o que vemos na parábola dos talentos (Mt 25.14), que fala de um senhor que, antes de viajar, entregou seus bens aos seus servos.
Se sabemos que tudo pertence ao Senhor (Salmo 24.1), não teremos dificuldade em entregar a ele nossas contribuições, sejam dízimos ou ofertas. Afinal, 100% do que temos é dele. Não possuímos coisa alguma neste mundo. O que temos é apenas o direito de uso. Por exemplo, quando compramos um carro, imaginamos que ficaremos com ele para sempre? É claro que não. Nosso tempo também pertence ao Senhor. Nós mesmos lhe pertencemos.
O erro do mordomo é pensar que é o dono. Então, torna-se infiel ao seu Senhor, usando seus bens de modo irresponsável. Jesus mencionou esse tipo de servo algumas vezes, principalmente aqueles que abusam enquanto o senhor está viajando. As parábolas falam exatamente do retorno do Senhor (ou seja, do próprio Jesus) e haverá o dia da prestação de contas (Mt 24.45-51).
O mordomo fiel será recompensado, mas o infiel será castigado. Sirvamos de tal maneira que sejamos dignos de ouvir o Senhor dizer:
“Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei”. (Mt 25.21b