O Verdadeiro Pentecostalismo

Lição 2

A Atuação do Espírito Santo no Plano da Redenção

A atuação do Espírito é continua e dinâmica na igreja, na vida dos crentes e os conduz desde a conversão até ao final da jornada cristã.

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I - O ESPÍRITO SANTO COMO PROMESSA

A salvação da humanidade foi um projeto do Deus Trino e Uno, planejado antes da fundação do mundo. Cada Pessoa da Trindade exerce função específica no plano da salvação, e o Espírito é parte dessa história salvífica juntamente com o Pai e o Filho.

  1. A promessa messiânica.

A promessa existe porque existe um plano, e não é um plano qualquer. Isso envolve as três Pessoas da Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (1 Pe 1.2). Deus anunciou diversas vezes e de diversas maneiras, pelos profetas, a vinda de seu Filho como Salvador do mundo (Rm 1.2). Isso significa a participação do Espírito Santo de modo que a promessa messiânica é acompanhada da promessa do Espírito (Is 32.15; 42.1,2; Is 61.1), confirmada no Novo Testamento (Mt 12.18; Lc 4.18-21). A salvação e a plenitude do Espírito são anunciadas de antemão no Antigo Testamento para todo o povo (Is 44.3; Jl 2.28-32).

  1. Na antiga aliança.

Há uma diferença da atuação do Espírito Santo antes e depois do Pentecostes. As múltiplas manifestações do Espírito são conhecidas desde o Antigo Testamento, e uma delas era a capacitação de pessoas para obras específicas, como a de profeta (Nm 12.6) ou a de liderança (Jz 6.34; 1 Sm 16.13). Essas habilitações eram espirituais: profecias (Nm 11.25), revelações (Ez 8.3) e milagres (1 Rs 18.12); também aptidões individuais, artísticas (Êx 31.3) e habilidades para liderança militar e política (Jz 3.10; Zc 4.6,7).

  1. A promessa do Consolador.

A vinda do Consolador estava associada à volta de Jesus ao céu: "convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós" (v. 7). Isso porque o cumprimento dessa promessa estava vinculado à obra expiatória do Calvário (At 2.32,33). Jesus disse também que tinha muita coisa para ensinar aos seus discípulos, mas eles ainda não estavam preparados para ouvir, não poderiam suportar a mensagem sem a ação do Espírito (v.12). Jesus precisava voltar ao Pai para possibilitar a vinda do Consolador.

II - O ESPÍRITO SANTO CONSOLA E ENSINA

O Consolador é enviado pelo Pai em nome de Jesus para ensinar os discípulos e fazê-los lembrar de tudo o que o Filho ensinou e para testificar dEle.

  1. O Consolador (v.7).

Vimos na lição passada a base bíblica da consubstancialidade do Consolador, o Espírito Santo, com o Filho. O termo grego parákletos vem da preposição pará, “ao lado de, próximo"; e do verbo kaléo, "chamar, convocar", de modo que essa palavra significa "defensor, advogado, intercessor, auxiliador, ajudador, paracleto". Esse vocábulo só aparece cinco vezes no Novo Testamento, quatro vezes se refere ao Espírito Santo (Jo 14.16,26; 15.26; 16.7) e uma ao Senhor Jesus, traduzido por "Advogado" (1 Jo 2.1). A ideia de parákletos é de alguém chamado para estar ao lado para ajudar. A tradução, "consolador", é mais apropriada no contexto da promessa anunciada por Jesus no Evangelho de João.

  1. O Ensinador.

O Espírito Santo é alguém como Jesus, da mesma substância, glória, poder e majestade, razão pela qual o Senhor se refere a Ele como "outro Consolador" (Jo 14.16). Alguém com as mesmas prerrogativas do Filho. Jesus disse que o Pai ensina (Jo 6.45). O ensino era parte do ministério de Jesus (M14.23; 7.29). De modo que essa tarefa é parte também da atuação do Espírito Santo: "Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito" (Jo 14.26). O Espírito nos ensina a compreender as Escrituras para a evangelização (1 Co 2.13).

  1. O Ajudador.

A Versão Revisada de Almeida traduz parákletos por "Ajudador". De fato, o Espírito nos ajuda na vida diária, Ele imprime em nós o caráter de Cristo e nos conduzirá até ao final de nossa jornada. Ele nos ajuda em nossa fraqueza (Rm 8.26). Jesus disse que o Ajudador “vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito" (Jo 14.26b). Ninguém vai se lembrar de algo que não viu, ouviu, leu ou aprendeu antes. Lembrança é algo que vem da memória, que já está nela. Essa ajuda do Espirito não nos desobriga de estudar a Bíblia. É bom ressaltar essa verdade porque ainda há os que defendem a ideia de que não é preciso estudar e nem se preparar para fazer a obra de Deus.

III - O ESPÍRITO SANTO REPROVA E CONVENCE O MUNDO

Uma vez realizada a obra da redenção, o Espírito veio para convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo. A salvação está à disposição de todos, mas há a necessidade de alguém persuadir a humanidade. Esse alguém é o Espírito Santo.

  1. O Espírito Santo convence o mundo do pecado (v.9).

A ideia do verbo "convencer" é persuadir. Isso é observado em outras passagens do Novo Testamento (Jo 8.46; 16.8; 1 Co 14.24; Tt 1.9). É o Espírito Santo que convence ou persuade o mundo do pecado. Jesus disse pecado e não pecados, isso porque Ele não está falando de alguns pecados ou transgressões específicas (Rm 3.23), mas da incredulidade, isso é o pecado: “do pecado, porque não creem em mim". Antes mesmo que alguém cometa alguma coisa, Jesus havia dito que tal pessoa já estava condenada (Jo 3.18). É o Espírito que torna as pessoas conscientes do seu estado de miséria espiritual e as leva a reconhecerem o Senhor Jesus Cristo como seu Salvador (Tt 3.5).

  1. O Espírito Santo convence o mundo da justiça (v.10).

A justiça a que o Espírito Santo convence o mundo é a justiça impecável de Cristo (Jo 8.46). Isso porque Jesus morreu e ressuscitou dentre os mortos e está a destra de Deus intercedendo por nós (Rm 1.4; Hb 7.25). Ele voltou para o Pai, e o mundo não o vê, mas o Consolador continua persuadindo as pessoas da justiça de Cristo. É por meio do Espírito que todos nós chegamos à convicção de que necessitamos da salvação. O Consolador nos leva a Jesus, o nosso Advogado: "temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo" (1 Jo 2.1,2).

  1. O Espirito Santo convence o mundo do Juízo (v. 11).

Jesus disse ainda: "e do juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado". O "príncipe deste mundo" é uma referência a Satanás, derrotado com a vitória de Cristo no Calvário (Jo 12.31-33; 14.30). O Espírito Santo convence o mundo do juízo, ou seja, trata-se de julgamento.

Que julgamento? Nossos pecados foram julgados em Cristo na cruz, e Satanás perdeu as multidões do mundo que vieram a Jesus pela ação do Espírito Santo. Mas, esse julgamento se refere ao mesmo tempo ao julgamento de Satanás, que já começou e será concluído na consumação dos séculos (Mt 25.41; Ap 12.7-10; 20.10). 0 Diabo ainda luta numa batalha que já foi perdida. Esse "juízo" é uma referência ao julgamento de nossos pecados na cruz do Calvário e ao mesmo tempo ao julgamento de Satanás, que já foi vencido por Jesus da sua morte e ressurreição.

Diante do exposto ficamos sabendo que o sentido de Consolador aplicado ao Espírito é inerente à sua natureza e obra. 0 Espírito Santo atua na igreja para guiar o povo de Deus de forma coletiva como as ovelhas individualmente e age também no mundo no processo da salvação.

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