1- Saulo se descreve como “blasfemo”, “perseguidor” e “opressor” (1 Tm 1.13).
Como um fariseu fanático, Saulo tinha a convicção de que seu papel era destruir a fé cristã, matando e prendendo os seguidores de Jesus. Sua postura arrogante o fazia ser truculento, usando grande violência contra pessoas simples, homens e mulheres, sem qualquer compaixão. Ele acreditava piamente que, com esse comportamento, estava agradando a Deus. Apoiado pela casta sacerdotal que odiava o nome de Jesus, Saulo usava dos meios legais para atacar os cristãos. Por causa de sua truculência, os seguidores de Jesus tiveram que fugir para outras cidades. O perseguidor “respirava ameaças e morte” contra os discípulos de Jesus (At 9.1) e, por isso, não via problemas em prender e arrastar presos para Jerusalém os que professavam o nome do Nazareno (At 9.2).
2- As ameaças de Saulo de Tarso.
A expressão “respirando ameaças e morte” (At 9.1) descreve Saulo, de maneira figurada, como uma fera selvagem que ameaça sua presa. No texto de Atos 9.21, o perseguidor era visto como um exterminador, pois conduzia os cristãos às prisões, além de permitir que fossem açoitados. Ele não poupava ninguém que seguisse a doutrina de Cristo.
3- Por que Saulo perseguia os cristãos?
Os motivos que levaram Saulo a se tornar um perseguidor inclemente contra os seguidores de Cristo, eram o zelo destrutivo pela Torah e o suposto fato religioso de que Jesus talvez fosse um “blasfemo”. Para Saulo, o anúncio de que um crucificado pudesse ser o Messias prometido pelos profetas do AT era um escândalo. Ora, quem fosse suspenso no madeiro (cruz), de acordo com a Lei, estava sob a maldição divina (Dt 21.23). Por isso, nosso Senhor não passava de um blasfemo para Saulo. Mais tarde, por ocasião de sua conversão, ele descobre que Cristo assumiu a maldição da Lei e, por isso, nos livrou dessa maldição (Gl 3.13).
1- Contra os seguidores de Jesus.
A perseguição de Saulo contra Jesus era uma perseguição contra a Igreja, o Corpo de Cristo, uma instituição divina. Ao passo que ele “respirava ameaças e morte” (At 9.1) contra os seguidores de Cristo, sua intenção era acabar de vez com “a Igreja”. Ao atacá-la, Saulo atingiu as pessoas que representavam Cristo, dentre as quais havia um homem arguto, defensor do nome de Jesus e cheio do Espírito Santo, cujo nome era Estevão.
Mas se por um lado eles mataram Estevão; por outro, potencializaram a mensagem do primeiro mártir da Igreja.
2- Saulo de Tarso e Estevão.
Se por um lado Saulo era um erudito que chamava atenção, devido à sua cultura judaica, greco-romana e autoridade na Torah, Estevão era um erudito do Judaísmo com uma grande capacidade do Espírito para confrontar ideias contrárias aos ensinos de Jesus (At 6.9,10; 7.2-53). O primeiro mártir da Igreja era um homem cheio do Espírito Santo, conhecedor profundo da história de seu povo e da teologia judaica. Por isso, quando apontava para Jesus Cristo como clímax da revelação redentora para o mundo, o fazia com autoridade.
O discurso inflamado de Saulo, e respaldado pelos oponentes dos seguidores de Jesus, deparou-se com outro discurso, mas este proveniente da sabedoria do Espírito (At 6.10). Essa autoridade espiritual de Estevão atraiu a ira dos inimigos de Cristo (At 6.5,11; 7.55). Por isso, com o pleno consentimento de Saulo (At 8.1), eles o apedrejaram até a morte (At 7.59,60).
Mas se por um lado eles mataram Estevão; por outro, potencializaram a mensagem do primeiro mártir da Igreja.
No início do Movimento Pentecostal no Brasil, nossos pioneiros sofreram toda sorte de perseguição e violência
3- Uma intolerância religiosa e política contra a igreja atual.
A igreja atual continua a despertar fúrias de certas autoridades políticas e religiosas que não aceitam a mensagem de liberdade e vida que o Evangelho proporciona. Nossos irmãos, que servem a Deus em países políticos e religiosamente fechados para o Evangelho, continuam a pagar, com a própria vida, a fidelidade à mensagem de Cristo. Oremos pela igreja perseguida!
1- Como era a perseguição contra os primeiros discípulos?
Saulo de Tarso liderou uma perseguição contínua e violenta. Ele prendia os primeiros cristãos, mandava açoitá-los e não havia escrúpulos mesmo com mulheres e crianças (At 9.21; 22.5): “sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a devastava” (Gl 1.13). Saulo entendia que praticar essas barbáries era defender a fé judaica, livrando os judeus dos hereges, exatamente nos moldes de que Jesus havia alertado os discípulos: “Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus” (Jo 16.2).
2- Perseguição, tortura e método.
Parece exagero afirmar que Saulo de Tarso torturava os primeiros cristãos, mas é o que ele mesmo declara em seu testemunho pós-conversão. Além de castigá-los fisicamente, ele empregava a tortura psicológica para induzi-los a blasfemarem (At 26.10,11). Entretanto, apesar da violência empregada com açoites, prisões, tortura psicológica, apedrejamento e mortes, muitos dos discípulos fiéis a Cristo não negaram o nome de Jesus.
3- Perseguição aos pentecostais.
No início do Movimento Pentecostal no Brasil, nossos pioneiros sofreram toda sorte de perseguição e violência. Muitos deles sofreram agressões físicas e psicológias. Tudo isso porque pregavam uma doutrina que a religião oficial não aceitava. O que dizer de Daniel Berg e Gunnar Vingren, os primeiros pastores dos primórdios das Assembleias de Deus no Brasil? E tantos outros irmãos perseguidos nesses rincões brasileiros?