A Supremacia da Escrituras

Lição 12

As Epístolas Instruem e formam os cristãos

Tudo o que a Igreja precisa conhecer no que diz respeito à vontade de Deus está na Bíblia.

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I – COMO AS EPÍSTOLAS PAULINAS NOS INSTRUEM

1- Instruções salvíficas.

Nesse grupo, enfatizamos os aspectos da doutrina da salvação. Aos Romanos destaca-se que “o justo viverá pela fé” (Rm 1.17). Cristo nos libertou do pecado mediante seu sacrifício remidor. Dessa forma, pela fé em Cristo, somos declarados justos (Rm 3.23-25). Aos Gálatas, Paulo assevera que ninguém é “justificado pelas obras da lei” (Gl 2.16), e que somente a fé em Cristo nos liberta do jugo do pecado (Gl 5.1). Em 1 Coríntios ressalta-se a mensagem do “Cristo crucificado” (1 Co 1.23), que morreu pelos nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia (1 Co 15.3-4). Em 2 Coríntios frisa-se o “ministério da reconciliação” (2 Co 5.18), em que Cristo levou os nossos pecados e nos reconciliou com Deus (2 Co 5.19-21).

2- Instruções a respeito de Cristo.

Nesse enfoque, o destaque são os aspectos da doutrina de Cristo. Aos Efésios, o tema é “Cristo, como cabeça – e a Igreja, o seu corpo” (Ef 1.22,23). Nesse sentido, a Igreja foi eleita em Cristo (Ef 1.4) e redimida em Cristo (Ef 1.7) para a glória de Cristo (Ef 1.12). Aos Filipenses, a mensagem enfatiza que “o viver é Cristo” (Fp 1.21). Ele é o segredo da verdadeira alegria e o modelo de vida para o salvo (Fp 1.4; 2.2-16). Aos Colossenses, Paulo sublinha que a “vossa vida está escondida com Cristo” (Cl 3.3). A igreja está unida em Cristo, morta e ressuscitada com Cristo (Cl 2.2,10,20; 3.1). Em suma, Cristo é a suficiência para todo o cristão.

3- Instruções sobre as últimas coisas.

Esses ensinos enfatizam os aspectos da vinda de Jesus. Em 1 Tessalonicenses, Paulo ensina que no retorno de Cristo “nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados” (1 Ts 4.17), sendo necessário, para esperar o Senhor, conservar irrepreensível o espírito, a alma e o corpo (1 Ts 5.23). Em 2 Tessalonicenses, o apóstolo esclarece que, após o arrebatamento da Igreja, o “Dia do Senhor” se iniciará com a manifestação do Anticristo (2 Ts 2.2,3,8). Enquanto o salvo aguarda a volta de Cristo, deve orar para que o Evangelho tenha livre curso, e vigiar para não viver desordenadamente (2 Ts 3.1,11,12). As duas epístolas alertam a respeito da necessidade de preparar-se para a vinda do Senhor.

4- Instruções pastorais e pessoais.

As Epístolas particulares abrangem instruções de natureza prática. Dentre outros temas, em 1 Timóteo, Paulo orienta o combate às heresias por meio da “sã doutrina” (1 Tm 1.3,9,10). Em vista disso, o líder deve ser apto para ensinar (1 Tm 3.2; 4.13,16). Em 2 Timóteo ratifica-se que o obreiro deve manejar “bem a palavra da verdade” (2 Tm 2.15) a fim de produzir arrependimento nos que resistem (2 Tm 2.25). Em Tito, o pastor deve contrapor os falsos ensinos (Tt 1.5,10,11), e para tanto é exortado a falar “o que convém à sã doutrina” (Tt 2.1). Em Filemom, a mensagem enfatiza o perdão. O transgressor arrependido deve ser recebido “mais do que servo, como irmão amado” (Fm 1.16).

II – COMO AS EPÍSTOLAS GERAIS NOS FORMAM

1- As Epístolas de Pedro.

1 Pedro aborda o sofrimento cristão (1 Pe 1.6). Ela ensina que as provações fortalecem a fé (1 Pe 1.7), que é preciso santificar-se (1 Pe 1.15), suportar os agravos (1 Pe 2.19) e alegrar-se nas aflições (1 Pe 4.13). Assegura que o próprio Deus é quem aperfeiçoa, confirma, fortifica e estabelece o crente fiel (1 Pe 5.10). Em 2 Pedro, a mensagem faz alerta aos ensinos dos falsos mestres, tais como: negar a divindade e a segunda vinda de Cristo (2 Pe 2.1; 3.4). Pedro contesta tais heresias, ratifica que Jesus é o Filho de Deus (2 Pe 1.16,17) e anima a Igreja a manter-se imaculada até a volta do Senhor (2 Pe 3.14).

2- As Epístolas de João.

1 João adverte sobre o falso ensino que negava a encarnação de Jesus (1 Jo 1.1; 4.2,3) e as demais heresias gnósticas (1Jo 5.13-21). Explica que o salvo deve viver em comunhão com os irmãos (1 Jo 1.6,7); afastar-se da prática do pecado (1 Jo 2.1; 3.7); amar uns aos outros (1 Jo 4.11); e vencer o mundo por meio da fé (1 Jo 5.4). Em 2 João, as heresias do docetismo e gnosticismo são novamente refutadas (2 Jo 1.7,8). A Igreja é exortada a perseverar na doutrina de Cristo (2 Jo 1.9) e a usar de sabedoria ao receber pessoas em casa (2 Jo 1.10,11). Em 3 João destaca-se a fidelidade de Gaio e Demétrio (3 Jo 1.5-8,12) e a reprovação do mau testemunho de Diótrefes (3 Jo 1.9,10). Por fim, João adverte ao cristão: “não sigas o mal, mas o bem” (3 Jo 1.11).

3- As outras Gerais.

Aos Hebreus, a ênfase repousa na supremacia de Cristo (Hb 1.1). Ele é o Sumo-Sacerdote que por seu próprio sangue executou uma eterna redenção (Hb 9.11,12). Desse modo, o crente é estimulado a olhar para Cristo, o “autor e consumador da fé” (Hb 12.2). Em Tiago, o autor esclarece que “a fé sem obras é morta” (Tg 2.26). Acentua que a fé deve ser mostrada em ações (Tg 2.14). Por isso, o texto adverte o cristão a ser praticante da Palavra, e não somente ouvinte (Tg 1.22). Em Judas, o salvo é exortado a “batalhar pela fé” (Jd 1.3). Isso por causa dos hereges infiltrados na Igreja (Jd 1.4). Assim, o crente é instruído a orar e a preservar a esperança da vida eterna (Jd 1.20,21).

III – AS EPÍSTOLAS CONTINUAM A FALAR

1- A doutrina da justificação.

A doutrina da justificação ensina que o pecador é justificado (absolvido da punição do pecado) unicamente pela fé na graça divina (Rm 5.1,2). Significa dizer que as obras humanas não podem salvar (Gl 2.16). Nossa Declaração de Fé professa crer na restauração do homem por meio do arrependimento e da fé (Rm 3.23,24), no Novo Nascimento pela graça de Deus mediante a fé (Ef 2.8,9) e na justificação pela fé no sacrifício de Cristo (Hb 10.12). Essa é uma doutrina fundamental da fé cristã.

2- A doutrina da santificação.

A doutrina da santificação implica uma vida separada do pecado (1 Pe 1.15,16). Nossa Declaração de Fé ensina que, já salvo e justificado, o novo crente entra de imediato no processo de santificação (Rm 6.22; 1 Ts 4.3). Porém, essa transformação vai sendo aperfeiçoada durante a jornada do cristão (2 Co 3.18; Fp 1.6). Desse modo, o crente precisa ser santificado pelo Espírito (1 Pe 1.2), purificar-se tanto da carne como do espírito (2 Co 7.1), pois sem a santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).

3- A doutrina da glorificação.

A doutrina da glorificação é a última etapa de nossa salvação (Rm 8.17,30). Nesse processo, o pecador é salvo pela graça, justificado pela fé, santificado pelo Espírito, e prossegue até “à medida da estatura de Cristo” (Ef 4.13). Quer dizer que ao final do processo da salvação a glória perdida no Éden, pelo primeiro Adão, será restaurada (1 Co 15.45). Trata-se de uma promessa da futura transformação de nosso corpo mortal em corpo glorioso (Fp 3.21), que se dará por ocasião da vinda do Senhor (1 Co 15.52-54).

As Epístolas são livros divinamente inspirados e representam quase 80% do cânon do Novo Testamento. O conjunto de doutrina dessas epístolas, revelado aos seus diversos autores, continua a instruir o povo de Deus, a formar o caráter do crente salvo em Jesus, e a preparar a Igreja para a vinda do Senhor.

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