A Supremacia da Escrituras

Lição 9

As Histórias e as Poesias falam ao Coração

Estamos prosseguindo em nosso estudo bíblico sobre as Sagradas Escrituras. Nesta lição, temos a finalidade de apresentar uma visão panorâmica dos livros históricos e poéticos.

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I – AS HISTÓRIAS DO ANTIGO TESTAMENTO

1- Os livros históricos.

Após a morte de Moisés, Deus chamou Josué para liderar o povo na conquista da Terra Prometida (Js 1.1,2). 

As gerações seguintes, para assegurar a herança, disputaram o espaço com outras nações. Os registros dessa experiência com Deus, e da posse da terra, são chamados de “livros históricos”. São um total de 12 volumes, que retratam a história de Israel desde a entrada em Canaã (cerca de 1400 a.C.) até o tempo de Esdras e Neemias (cerca de 400 a.C.). Nesse período, Israel experimentou a providência, a proteção e o juízo divino. Esses relatos demonstram que Deus controla o curso da história (Js 21.45).

2- As histórias dos Juízes.

Depois de Josué, os juízes governaram Israel até ao profeta Samuel (At 13.20). São cerca de 400 anos da história com a atuação de doze líderes (Jz 3.11–16.30). Nessa época, não havia rei em Israel (Jz 18.1); e cada um andava como queria (Jz 21.25). Por essa razão, a nação entrou em declínio espiritual e fez “o que parecia mal aos olhos do Senhor” (Jz 3.7). Como resultado, os israelitas foram subjugados pelas nações vizinhas (Jz 3.8,12; 6.1; 10.7). Apesar disso, mediante o arrependimento do povo, Deus levantava libertadores para resgatar Israel da opressão (Jz 3.9,15; 6.7; 10.10). Essas histórias apontam para a fidelidade e a misericórdia divinas (2 Tm 2.13).

3- As histórias dos Reis.

Por volta do ano 1050 a.C., Deus constituiu Saul como rei em Israel (1 Sm 8.5; 9.17). Porém, Saul fracassou (1 Sm 16.1). Então, Davi foi escolhido e recebeu a promessa de um reino que não teria fim (2 Sm 7.16). Salomão lhe sucedeu, e após a sua morte, o reino se dividiu: Israel no Norte; e Judá no Sul. Ambos os reinos, rebelaram-se contra Deus, e foram para o exílio. Em 722 a.C., Israel foi conquistado pelos Assírios. Em 586 a.C., Judá caiu diante da Babilônia. Contudo, em 539 a.C., cumprindo sua promessa, Deus restaurou o trono de Davi. E, do reino de Judá, a esperança messiânica se cumpriu em Jesus (Lc 1.32,33). Essas narrativas mostram que os planos do Senhor não podem ser frustrados (Jó 42.2).

II – OS LIVROS POÉTICOS (E DE SABEDORIA) DO ANTIGO TESTAMENTO

1- Os livros sapienciais e poéticos.

Cinco livros do Antigo Testamento são chamados de “escritos sapienciais” e “poéticos” porque ensinam a sabedoria por meio da poesia ou da prosa, são eles: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão. 

Eclesiastes foi escrito quase todo em prosa e os outros livros foram redigidos, em sua maioria, em forma de poesia. De modo geral, a prosa retrata o modo como normalmente falamos. E a poesia expressa sentimentos e pensamentos mediante versos que atingem o intelecto e as emoções. Na Bíblia, esse gênero literário trata da aplicação da verdade divina à experiência humana, refere-se à sabedoria prática mais do que teórica (Jó 28.28; Sl 19.7; Pv 23.12; Ec 7.12, Ct 8.7).

2- Eclesiastes, Provérbios e Jó.

O tema de Eclesiastes está na frase “é tudo vaidade” (Ec 1.2), indicando a efemeridade da vida humana. Por isso, ao final, o autor declara que o sentido da vida é “teme a Deus e guarda os seus mandamentos” (Ec 12.13). O tema de Provérbios afiança que “o temor do Senhor é o princípio da ciência [sabedoria]” (Pv 1.7), ensinando que observar os princípios divinos nos faz pessoas sábias. Portanto, ao concluir, o escritor enfatiza que uma pessoa temente a Deus é digna de ser honrada (Pv 31.30). O tema de Jó é o sofrimento (Jó 1.21), mostrando que a dor não é racional e que é preciso sempre confiar no Senhor.

3- Salmos e Cantares de Salomão.

Salmos em hebraico significa “louvor” e sinaliza que a mensagem principal do livro é louvor, oração e adoração. Também é um livro de instrução, porque nos mostra como servir ao Senhor. E ainda fala profeticamente acerca do Messias. Nesses aspectos, considera-se como verso-chave o Salmo 29.2: “Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome; adorai o Senhor na beleza da sua santidade”. O livro de Cantares ilustra o compromisso, a intimidade e o amor que deve existir no casamento. Refere-se ao plano original de Deus acerca do relacionamento conjugal. O versículo-chave sintetiza o ideal da fidelidade entre o marido e a sua mulher: “Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu” (Ct 6.3).

III – UMA MENSAGEM AO CORAÇÃO

1- Uma mensagem de soberania.

A Bíblia descreve o que Deus fez na vida das pessoas e por meio delas. Por exemplo, Deus conduziu Josué na travessia do Jordão (Js 3.13). O feito favoreceu o acesso à Terra Prometida (Js 5.1). Deus levantou nações para punir a rebeldia de seu povo e ainda proveu o meio de escape, a fim de evitar a extinção da nação eleita (Rm 9.29). Ele resgatou da Babilônia o remanescente conforme a promessa feita a Davi (Ed 9.13). Foi Ele que conservou a nação de Judá e assim preparou o caminho para a vinda do Messias prometido (At 13.17-23). Assim sendo, nosso coração deve se aquietar, porque Deus é soberano, Ele age na história e nada acontece fora da sua vontade (Mt 10.29,30).

2- Uma mensagem de sabedoria.

Deus é a fonte da sabedoria (Pv 2.6), e o propósito da sabedoria é agradar a Deus (Pv 3.5). Desse modo, todo o conselho prático está subordinado à sabedoria divina. Dentre eles, citamos: andar retamente (Pv 2.7); fugir da luxúria (Pv 2.16); não ser preguiçoso (Pv 6.6); manter boa reputação (Pv 22.1); tomar cuidado no falar (Ec 5.2); não confiar no dinheiro (Ec 5.10); viver com alegria (Ec 9.7); remir o tempo (Ec 12.1); manter a integridade (Jó 1.22); aceitar a repreensão (Jó 5.17); confiar no Senhor (Jó 19.25); e desfrutar do verdadeiro amor (Ct 8.7). No entanto, essas ações não devem ser observadas de forma legalista, elas devem ser o resultado do toque divino no coração humano (Pv 4.23).

3- Uma mensagem de adoração.

Os salmos possuem a peculiaridade de expressar as mais profundas emoções do coração humano, tais como: medo, angústia e tristeza (Sl 116.3); força, segurança e alegria (Sl 118.14). Também refletem o ideal divino da espiritualidade e adoração. Entre outros retratos da vida espiritual, destacam-se: o coração que confia (Sl 3.3); o coração contrito (Sl 6.1); o coração que glorifica (Sl 8.1), o coração agradecido (Sl 30.1), e o coração arrependido (Sl 51.1). A fim de manter a verdadeira adoração em todas as circunstâncias da vida, o salmista descreveu a conduta por ele adotada: “Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (Sl 119.11).

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